Review: Samsung Galaxy Note 10.1
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Review: Samsung Galaxy Note 10.1

O Samsung Galaxy Note 10.1 é mais um dos inúmeros tablets da fabricante coreana no mercado brasileiro, com vários tamanhos de tela entre de 5,5 polegadas, passando por 7″, 7,7″, 8,9″ e 10,1″, totalizando mais de dez produtos nas lojas.

Isso cria uma demanda nova – e muitas vezes cara – para o mundo Android e confunde a cabeça do consumidor com tanta opção. Digamos que a Samsung representa hoje o topo de linha dos tablets Android, com valores médios acima de R$ 800, mas acaba concorrendo (e sendo vista como cara) perto de fabricantes com ofertas mais baratas (mais notadamente a DL, com produtos de tela grande e valor abaixo de R$ 500).

De qualquer modo, o Samsung Galaxy Note 10.1 é um produto rápido e que merece louvor por isso, mas ainda sofre com a falta de dedicação do Google aos tablets e com um acabamento que deixa muito a desejar.

O modelo novo da Samsung segue o conceito de que é uma versão turbinada do Galaxy Note (o foblet favorito da casa), trazendo as supostas benesses de um tablet com tela grande associadas ao uso da caneta stylus integrada.

As especificações de hardware são impressionantes para o Note 10.1, com processador quad-core de 1,4 GHz, 2 GB de RAM, câmera de 5 megapixels, 16 GB de armazenamento expansíveis com cartões microSD e Android 4.0. Tem versões somente com Wi-Fi e com Wi-Fi e 3G.

Visto de frente, o Galaxy Note 10.1, temos a sensação de que a Samsung caprichou nessa área. Bordas em alumínio com alto-falantes estéreo que cercam a boa tela de resolução 1200 x 800…

Abaixo, o encaixe para o conector do cabo USB e o microfone interno…

Acima – e olha que é um tablet fino com apenas 8,9 mm – estão a entrada para o SIM card da operadora (era um modelo 3G), conector 3,5 mm para fone de ouvido, emissor infravermelho, entrada para cartões microSD e controle de volume, além do botão liga/desliga.

Atrás, a câmera de 5 megapixels (não tem amostras, pois consideramos que o formato tablet não foi feito para ser usado como câmera) e o tenebroso acabamento em plástico. É frágil e dá a impressão de que tem um grande espaço oco ali dentro. Falta solidez ao produto, e ao manuseá-lo tive a sensação de que poderia quebrar (fora o monte de marcas de dedos).

E, bem, tem mesmo:

O potencial criador de interesse em um tablet como o Galaxy Note 10.1 é esse aqui: a caneta S-Pen, que fica escondida na parte inferior traseira do aparelho. Na hora me lembrei dos velhos Palm (e quantas stylus não perdi na vida).

E essa é a S-Pen:

Resumindo um pouco a história, um vídeo sobre o tablet:

[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=J021V1f4k3w]

A interface padrão do Galaxy Note 10.1 segue a TouchWiz adotada nos demais produtos da marca.

Com o uso da S-Pen, o aplicativo S Note é o principal para adotar a canetinha. Gostei bastante do recurso de reconhecimento de escrita e até mesmo de fórmulas em tempo real.

E dá para inserir fotos e áudio nas anotações.

E tem o Adobe Photoshop Touch instalado também:

Outro ponto onde o Galaxy Note 10.1 manda muito bem é na reprodução de vídeo, com suporte nativo a AVI e DivX, incluindo arquivos 720p sem precisar converter.

E, se for necessário, a multitarefa permite usar dois programas lado a lado – como o S Note e o reprodutor de vídeos.

Outros pontos que merecem destaque são o Smart Remote, que permite usar o tablet como controle remoto para a maioria dos eletrônicos de consumo atuais – testei em uma TV Samsung e foi reconhecido imediatamente.

E, oh, o Instagram para Android consegue preencher a tela toda do tablet (oi Facebook, a versão para iPad ainda fica em tela reduzida!).

Sob testes: o Galaxy Note, com seu processador quad-core, é bem rápido. Veja os resultados (compare com resultados de smartphones):

  • Quadrant Standard Edition (desempenho): 3.976 pontos
  • Vellamo 2.0 HTML5 (desempenho): 1.781 pontos
  • Vellamo 2.0 Metal (desempenho): 566 pontos
  • Vellamo 1.0 (desempenho): 2.070 pontos
  • Antutu Benchmark (desempenho): 15.040 pontos
  • Nenamark 1 (gráficos): 60 quadros por segundo
  • Nenamark 2 (gráficos: 58,8 quadros por segundo

A bateria do Samsung Galaxy Note 10.1 tem duração estimada pelo fabricante de 60 dias em stand-by. Em quinze dias, recarreguei o aparelho duas vezes apenas. O fato de ele ter 3G integrado não o transforma em telefone: só usa o plano de dados para acessar a internet.

Fato é que toda a velocidade do Galaxy Note 10.1 não deve ser considerada como um fator de compra. É um bom adicional, claro. A oferta de software e o uso da S-Pen para produtividade/desenho/escrita na tela é um atrativo interessante, mas mesmo com tablets Android no mercado desde o início de 2011, o usuário de um produto desses (que já mexeu em um iPad) sente que falta algo – seja uma melhor experiência do usuário, seja a oferta de aplicativos. Além disso, o acabamento em plástico passa uma impressão de que vai quebrar logo – algo que não se espera de um produto que custa quase R$ 2.000.

RESUMO: SAMSUNG GALAXY NOTE 10.1

O que é isso? tablet com sistema operacional Android 4.0
O que é legal? Tela grande e com boa resolução, bom desempenho multimídia
O que é imoral? acabamento em plástico
O que mais? S Pen ajuda a tomar notas no app S Note..
Avaliação: 5,5 (de 10). Entenda nosso novo sistema de avaliação.
Preço sugerido: a partir de R$ 1.899
Onde encontrar: Samsung

Escrito por
Henrique Martin