NVIDIA mostra suas novas armas
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NVIDIA mostra suas novas armas

Em um evento realizado hoje (30) em São Paulo, a NVIDIA comentou sua estratégia para o mercado nacional e apresentou dois novos produtos, a NVIDIA GeForce 8800, primeira GPU compatí­vel com DirectX 10 a chegar ao mercado, e o nForce 680, um chipset multimí­dia para placas-mãe equipadas com processadores Intel ou AMD, voltado a sistemas de alto desempenho. Confira as novidades.

A NVIDIA e o Brasil

Os planos da NVIDIA para o Brasil são baseados no fortalecimento da marca e geração de demanda no mercado. Para isso, a empresa está estabelecendo parcerias com integradores e fabricantes para produção local de aceleradoras 3D e placas-mãe equipadas com seus chips, obtendo, assim, redução do custo e burocracia associados ao processo de importação e aproveitando os estí­mulos í  produção nacional oferecidos pelo PBB, o processo produtivo básico.

A empresa também irá estabelecer equipes de vendas, marketing e suporte técnico local para auxiliar seus parceiros. Três distribuidoras e 500 revendedores registrados se encarregarão da disseminação dos produtos no mercado nacional, e contarão com os benefí­cios do programa NVIDIA PartnerForce, que oferece ao revendedor treinamento e material de marketing e apoio í s vendas, entre outros itens. Além disso, o projeto Game Center Alliance, que já existe há dois anos e conta com 500 participantes, visa fortalecer a presença da empresa no mercado das LAN Houses.

Novos Chipsets

O primeiro anúncio foram os novos chipsets da série nForce 600, para placas-mãe equipadas com processadores AMD (NVIDIA nForce 680a) e Intel (NVIDIA nForce 680i). O nForce 680a é o mais rico em recursos: suporta processadores AMD Athlon 64 FX em Socket L1 e usa memória DDR2 a 800 MHZ. Ele também é capaz de controlar até quatro placas de ví­deo simultaneamente, em um total de oito monitores, ou combiná-las em um sistema SLI.

Espaço em disco não é problema: são 12 (sim, doze) portas SATA II a 3 Gb/s, para um total de até 9 TB de espaço em disco usando 12 discos de 750 GB cada, que podem ser combinados em até quatro arrays RAID 0, 1, 0+1, 5 ou JBOD. Vinte portas USB 2.0 dão oportunidades de sobra para conectar quantos periféricos quiser, sem nunca mais ter de se preocupar com HUBs.

E falando em conectar, o chipset oferece quatro interfaces de rede Gigabit Ethernet, que podem ser combinadas com um recurso que a nVidia chama de “teaming”. Outra tecnologia, a First Packet, permite priorizar os pacotes de dados pertencentes a aplicativos determinados pelo usuário, o que ajuda a reduzir a latência em jogos ou serviços VoIP.

Já o 680i suporta processadores Intel Pentium 4, Pentium D (séries 800 e 900), Celeron D, Core 2 Duo, Core 2 Quad e Core 2 Extreme, com RAM DDR2 800 MHz. Em vez da tonelada de portas do 680a, o 680i é voltado a overclockers e usuários que exigem o máximo de desempenho que o dinheiro pode comprar.

Segundo a NVIDIA, o chipset representa a plataforma mais rápida disponí­vel atualmente para os novos processadores da Intel, superando o desempenho do chipset Intel 975XBX em 90% dos benchmarks. Entre os destaques estão um novo controlador de memória DDR2, mais rápido, e a tecnologia DASP 4.0, que reduz a latência no acesso í  RAM. O barramento do sistema roda a 1066 MHz, e a BIOS é otimizada para overclock, de forma que até usuários inexperientes no assunto possam “tunar” a máquina.

A NVIDIA diz que é possí­vel levar um processador Intel Core 2 Duo E6300, de 1,06 MHz, a 3,5 GHz, basicamente transformando-o num equivalente em desempenho ao Core 2 Extreme (sem, entretanto, mencionar qual o sistema de refrigeração do processador necessário para isso). Dentro os outros recursos do chipset estão seis portas SATA II de 3 GB/s, 10 portas USB 2.0, três slots PCI-Express e duas interfaces Gigabit Ethernet, que podem ser combinadas via teaming.

Fugindo do seu modo de operação tradicional, a NVIDIA projetou e produziu sua própria placa-mãe com o nForce 680i, que está sendo comercializada através de parceiros. Segundo a empresa, EVGA, Gigabit, ECS, XFX, ASUS, MSI e muitos outros fabricantes já se comprometeram a produzir placas-mãe utilizando os novos chipsets.

GeForce 8800

A mais nova aceleradora 3D topo-de-linha da NVIDIA impressiona já nos números iniciais. Composta por 681 milhões de transistores, levou quatro anos em desenvolvimento – com uma equipe de 375 engenheiros – e é um dos processadores mais complexos já produzidos. É também a primeira aceleradora 3D compatí­vel com DirectX 10 / Shader Model 4.0, a arquitetura de ví­deo 3D padrão do Windows Vista. Entre seus destaques estão a capacidade de processar imagens HDR com precisão de 128 bits, anti-aliasing de 16x e, algo que faltava até o momento, fazer ambas ao mesmo tempo. A tecnologia Coverage Sampled Anti-aliasing permite fazer anti-aliasing com qualidade visual de 16x, mas custo de processamento equivalente a apenas 4x.

A nova arquitetura abandona o conceito de “pipelines” usado até o momento, em que há unidades dedicadas ao processamento de triângulos, pixels, vértices e afins, e usa vários “stream processors” genéricos, que podem assumir o papel mais adequado para cada momento. Isso significa que, em uma cena com geometria complexa, mais unidades podem ser configuradas para o cálculo dos vértices, eliminando o risco de gargalos no processamento.

Outra tecnologia é a Quantum Effects, que alivia o processador central do computador ao transferir parte dos cálculos da fí­sica do jogo para a GPU. A GeForce 8800 também é equipada com a tecnologia PureVideo HD, que acelera e melhora a reprodução de ví­deo, incluindo material em alta definição, no computador.

Claro que toda esta tecnologia não sai barato. O preço sugerido para uma GeForce 8800 GTX, com 128 stream processors, núcleo rodando a 575 MHz, 768 MB de RAM GDDR3 dedicada, duas saí­das para monitores DVI e saí­da para HDTV é de US$ 599. Uma versão mais “leve”, a 6800 GTS, tem 96 stream processors, clock de 500 MHZ, 640 MB de RAM GDDR3 e clock reduzido, com preço sugerido de US$ 449.

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1 comentário
  • Daqui a pouco as GPUs serão mais poderosas que a CPUs.

    Trabalhei em um projeto num grande cliente que usava clusters Linux de umas 4 ou 8 máquinas equipdas com essas placas nVidia poderosas ligadas em rede (as placas em sí, além dos computadores claro).

    Usavam-nas para criar Salas de Visualização. Cada computador GPU controlava um projetor de alta qualidade. A soma dos projetores, alinhados com alta precisão, projetavam em enormes paredes representações 3D interativas de coisas. As vezes usavam óculos polarizadores para visualização 3D real, suportada pelos projetores e placas. Eram na verdade salas especiais de reunião que juntavam todo o comitê para decidir os próximos passos desses projetos.

    Antigamente eles usavam caríssimas estações Silicon Graphics para fazer isso, mas hoje, com Linux, podem usar equipamentos mais simples, como servidores xSeries da IBM, mais essas placas. Na verdade cada placa nVidia dessas tem um preço similar ao do servidor em que ela é espetada. Bom, não é uma placa de vídeo que se usa no PC de casa para jogar.

    Outra coisa: estive numa apresentação sobre Cell, um novo processador de 9 cores da IBM que está hoje na maioria dos videgames. Este processador é genérico (diferente de uma GPU, que é específica p/ processamento gráfico), e mostraram vídeos de um pequeno cluster de Cells fazendo o rendering instantâneo, a 30 frames por segundo, de uma cena complexa com traçado de raios (ray tracing), provavelmente o tipo de processamento gŕafico mais realista, completo, pesado e complexo que existe.

    Lendo o seu post, me consolida a idéia de que em breve CPUs e GPUs começarão a ter um overlap de funcionalidades e concorrerão mais. Bom para nós, consumidores, que teremos mais competitividade, que gera melhores produtos, e melhores ofertas.