Galaxy S21 chegou cedo | Trump banido | CES🔌
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Galaxy S21 chegou cedo | Trump banido | CES🔌

RESUMO

Edição enviada em 15 de janeiro de 2021 aos assinantes da INTERFACES NEWSLETTER.

Olá, bom dia.

Seguimos a tendência de “pé no acelerador” iniciada ano passado – CES virtual nos levou a uma Las Vegas digital e o Samsung Unpacked trouxe os novos Galaxy S21 quase um mês adiantados. Tem bastante coisa legal na edição hoje também, das redes banindo Trump a games esquecidos (e encontrados) e a diáspora do WhatsApp para o Signal e Telegram.

Boa leitura e até semana que vem – Henrique e Samir. 

ELETRÔNICOS DE CONSUMO

CES VIRTUAL

A primeira CES virtual seguiu o padrão de Las Vegas: muita informação ao mesmo tempo, e sem seguir uma agenda é impossível tentar acompanhar. Sentimos falta também de encontrar executivos aleatórios do Brasil nos corredores e stands – é algo que o online ainda não consegue resolver, junto com uma lista de 2.000 empresas exibidoras que você precisava saber o que queria procurar.

De qualquer forma, foi uma CES com alguns focos: TVs (que falamos semana passada), smartphones com telas enroláveis (ainda que conceituais demais da LG e TCL) roubaram a atenção, Internet das Coisas ficou um pouco encostada e o mundo do hardware mostrou suas armas – Intel, AMD e Samsung anunciaram um monte de processadores.

Muita gente falou de tecnologia para saúde e demonstrou robôs, máscaras e capinhas desinfetadas para iPhone, tudo para combater o Covid-19. Uma notícia interessante foi o fato de a MobilEye ter sido considerada a principal rival da Tesla em carros autônomos. E sempre tem a enxurrada de anúncios de produtos reais – como notebooks da Lenovo e da Alienware – e de tralhas, como o PopSocket com conector MagSafe.

Alienware M15 R4: para gamers, com design mais fino. (Dell/Divulgação)

SEM CARREGADOR, COM CANETA

A Samsung anunciou, mais de um mês adiantado, a sua linha de smartphones topo de linha Galaxy S21, com três modelos: S21, S21+ e S21 Ultra.

Merecem destaque o design novo (passaram três minutos da apresentação falando da escolha e adaptação da cor Phantom Black aos materiais usados na estrutura do telefone, mas estamos obcecados com o Ultra na cor Phantom Silver), um novo processador Exynos 2100 (com promessa de bater o Qualcomm Snapdragon 888) e as câmeras avançadas, que gravam em 8K e tiram fotos nítidas em baixas condições de luz. Fora um monte de novos recursos de inteligência artificial para fotografar e filmar. 

Outra boa notícia é que o S21 Ultra tem tela compatível com caneta S Pen, mostrando que a linha Galaxy Note pode seguir o caminho da extinção – ou renascimento na linha S mesmo. 

O anúncio da linha Galaxy S21 no Brasil será em 9 de fevereiro, e esperamos preço altos como em 2020 (ficaram entre R$ 5.500 e R$ 8.499 na época). Só que em dólar os valores da nova geração estão um pouco menor (S20 custava US$ 999, S21 sai por US$ 799, por exemplo), estamos curiosos para ver qual vai ser a estratégia da Samsung Brasil.   

Ah sim, a linha S21 vem sem fone de ouvido e carregador na caixa. Onde vimos isso antes mesmo com a desculpa do meio-ambiente? Perguntando para um amigo. Pelo menos a Samsung inovou ao remover outro recurso antes dos concorrentes: a entrada para cartão microSD – já que os aparelhos têm pelo menos 128 GB de armazenamento interno e demoram mais para encher a memória – e aí já é hora de comprar um telefone novo.

Galaxy S21 Ultra Phantom Silver: acabamento fosco incrível (Samsung/Divulgação)

ETIQUETA

Além da família Galaxy S21, a Samsung também anunciou os fones de ouvido sem fio Galaxy Buds Pro, com cancelamento ativo de ruído e capacidade de se conectar a mais de um dispositivo da marca (AirPods fazem isso faz tempo). Mas gostamos muito dos Galaxy SmartTag, etiquetas conectadas para tornar seu cachorro, gato, mochila, carteira ou molho de chaves mais fáceis de encontrar usando smartphone (ou uma rede oculta de smartphones Galaxy anônimos… brrr!)

Galaxy SmartTag: não perca mais seu cãozinho (Samsung/Divulgação) 

SEM FURO

Expectativa: ver smartphones com câmeras embaixo da tela, sem bordas ou furos na frente. Realidade: ver notebooks com a tecnologia (ainda é protótipo da Samsung Display).

FURADA COLETIVA

Desde sempre vemos projetos de hardware criados com financiamento coletivo com alguns pés atrás. Essa teoria se tornou realidade quando vimos que o smartphone Astro Slide 5G, com um teclado deslizante embaixo da tela, começou a ser entregue aos compradores com configurações inferiores que as prometidas.

FILHO PRÓDIGO

Pat Gelsinger deveria ter sido CEO da Intel anos atrás. Mas foi preterido e seguiu para a VMWare, onde virou o chefão. Agora ele volta para a Intel como executivo-chefe, já que o CEO atual (Bob Swan) foi convidado a deixar o cargo em fevereiro.

AGORA EM 4K

A Philco lançou um televisor com resolução 4K que roda o sistema de streaming da Roku. É a segunda marca, depois da AOC, a lançar modelos com Roku.

JANELA ABERTA

Vazamento também ocorre com sistema operacional, não apenas com celular, e o Verge botou as mãos em uma versão experimental do Windows 10X, criado pela Microsoft para concorrer com notebooks com Chrome OS, do Google.

CAIXÓFILOS (OU CAIXOAFETIVOS)

Você guarda a caixa do seu iPhone? Do seu iPad? de produtos Apple em geral? Não está sozinho, e tem uma comunidade voltada a esse “culto” de papelão.

CABELEIRA

Queremos entender a cabeça do publicitário que inventou a campanha de transformar um review de notebook Lenovo publicado pelo Verge em uma canção de… black metal?

ACHADOS AMAZON DA SEMANA

CULTURA DIGITAL

VAI DE ZAP

O WhatsApp vai mudar em fevereiro suas regras na política de privacidade, e o mundo está alucinado com isso: dados pessoais serão compartilhados com o Facebook, que parece ter encontrado um jeito de ganhar dinheiro com o WhatsApp.

Mundo afora mensageiros como Signal e Telegram ganharam milhões de novos usuários na última semana, refugiados que já dão todos seus dados para o Facebook, mas agora têm medo do Zap malvado compartilhar dados. Oh dó. 

Falando em Telegram, a rede baseada em Dubai (e não na Rússia, um erro comum que circula por aí) baniu um monte de grupos públicos de supremacistas brancos. Já entre os grupos fechados, o Telegram também é um poço sem fundo.

SUPERPOP

Todo mundo ama as produções originais dos streamings, mas são as séries mais antigas que dão audiência mesmo. The Office é o seriado mais popular nos Estados Unidos, seguido por Grey’s Anatomy e Criminal Minds. 

RICOS E OFFLINE

A marca de luxo Bottega Veneta apagou sua presença em redes sociais, inaugurando a tendência de que os ricos querem ficar longe das telas (e pagam para ter privacidade, filhos longe de smartphones e YouTube…).

GARRAFA DE RUM

A tendência da semana no TikTok são os duetos de sea shanty (canções de piratas/marinheiros). Semana que vem tem outra. E o TikTok começa a dar bons exemplos para outras redes sociais: menores de 16 anos terão as contas protegidas para evitar exposição demais – e a regra vale para o mundo todo.

CACHORRO MORTO

Todo mundo resolveu chutar o presidente americano após sua derrota nas urnas, mas para isso foi necessária uma invasão de terroristas americanos ao Capitólio (o Congresso deles), convocada por Trump em discursos e nas redes.

Enquanto o mundo – e os políticos americanos – assistiam chocados às cenas do ataque dos radicais, Twitter e Facebook acordaram e deram o tom das respostas: banir o presidente não-reeleito de suas plataformas. Com o tempo livre, o presidente americano continuou fazendo lambança (como listar Cuba e o Iêmen como Estados terroristas, considerar o autoperdão aos seus crimes e colocar a Xiaomi na lista de embargos), agora com um palco reduzido.

Trump sentiu na pele o processo de (alerta de palavrão) desplataformização: perdeu o palanque virtual mesmo. Como pessoas do naipe de Steve Bannon e o Daesh/Estado Islâmico já tinham passado anteriormente.

Curiosamente todas as redes resolveram se manifestar de maneira mais incisiva após Trump perder a eleição e poucos dias antes do fim de seu mandato, com os democratas ganhando a maioria no Senado. Teriam agido assim caso ele ainda tivesse poder por mais quatro anos?

As plataformas são parcialmente responsáveis pelo que ocorreu, e isso ainda será debatido e levará a ações. (Rimos ao ver a toda-poderosa Sheryl Sandberg, do Facebook, dizendo que a nazistada não se cria lá). Mas existe todo um debate em torno da liberdade de expressão, e tudo que passa pela nossa cabeça é a clássica frase de Bátima Feira da Fruta: ”Quer pegar de pau pega, mas aguenta as consequências”.

PARLA! MAS NÃO MUITO

Banido do Twitter, Facebook, YouTube, Pinterest, Reddit, Twitch, Snapchat, Shopify, Spotify e TikTok (acho que não esquecemos ninguém), Donald Trump e seus seguidores foram para o Parler, uma rede com “liberdade de expressão”. 

Em poucos dias, o Parler foi invadido e todos seus dados (incluindo fotos de documentos de membros verificados) vazados. Ao mesmo tempo, motivados pelo mesmo discurso de ódio encontrado em outras redes, Apple e Google removeram o app das suas lojas e a AWS cancelou o contrato milionário de hospedagem, tirando o site do ar. Agora a disputa está na justiça, com a empresa dizendo que vai voltar (ou não, dependendo do dia). 

E não tem essa de “ah, as empresas de tecnologia estão censurando o Parler ao não deixar usar os serviços”. The Pirate Bay sobrevive desde 2003 odiado por governos e gigantes da mídia de todo o planeta e segue no ar por conta própria.

Basta entender de internet e infra-estrutura de redes e servidores, algo que o Parler parece não ter muita ideia (jogar dinheiro nem sempre resolve problemas).  Vale sempre lembrar que o Parler tem (tinha?) investimentos de Rebecca Mercer, filha de Robert Mercer, um dos principais investidores da Cambridge Analytica. Ligou os pontos?

Outra “alternativa” para os supremacistas é o Gab, velho esgoto conhecido no submundo – que segue dizendo que vai manter as portas abertas para qualquer absurdo escrito por lá.   

EU, TU, ELES, MAS AQUELES NÃO

Outro app/rede surfando a onda do “discurso livre” é o MeWe, que já se tornou atração para radicais extremistas nos EUA.

Falando em discurso e redes alternativas, Tiago Leifert disse que vai evitar o Twitter durante o BBB e vai criar uma rede intima no Geneva. De onde ele tirou a sugestão de app obscuro, não sabemos. Até executivo da rede social se manifestou sobre esse tema (espere uma overdose de BBB já na proxima semana no Twitter, com Tiago Leifert gostando ou não).

GAMES

DIRETO NA FONTE

Além de banir cheaters de seus servidores, a Riot Games, dona do Valorant, decidiu ir atrás de uma desenvolvedora de cheats e abrir um processo.

DINHEIRO CIRCULANDO

Twitch e Samsung realizaram uma parceria em que a gigante sul-coreana patrocinará eventos do Rivals (plataforma de disputa entre streamers). É um grande sinal de que a Samsung começa a olhar com mais seriedade para os streamers, ampliando sua presença na Twitch.

RECONHECIMENTO

Conheça a Copa Rebecca Heineman de League of Legends, o primeiro campeonato exclusivo para pessoas trans. Finalmente um espaço em que ataques transfóbicos e preconceito não serão a regra.

SINAL DOS TEMPOS

Videogames estão para esta geração como a música estava para as anteriores?

ME CHAME PELO SEU NOME

A Razer publicou os documentos de um bebê batizado de Razer Benjamin Gomez Espinoza, em homenagem à empresa.

SÃO PAULO 2077

Arte ou propaganda? (Propaganda. Foi o que a Prefeitura de São Paulo decidiu sobre as artes gigantes em murais temáticos de jogos pela cidade).

MCJOGO

Veja a saga de um youtuber para encontrar o jogo para Nintendo DS que o McDonalds usava para treinar empregados no Japão em 2010 e que foi perdido por anos. E de brinde, eis uma propaganda anime de recrutamento dos arcos dourados.

LEITURAS LONGAS

LINHA DISCADA

Vídeo da BBC mostra a vida de um influenciador local na região de Jamu e Caxemira, onde o governo indiano reduziu a velocidade de internet de todo mundo.

TODO MUNDO TEVE UM DESSES

Linksys WRT54G foi o primeiro roteador de muita gente e virou referência pela facilidade de mudar seu sistema operacional. A Tedium conta a história desse gigante do Wi-Fi. Falando em coisa velha, o New York Times revela bastidores da computação retrô.

TECHBIZ

NA BOLSA

A Intelbras, empresa nacional de equipamentos de telecomunicações e segurança, vai fazer uma oferta pública de ações em fevereiro e quer levantar R$ 1,2 bilhão na B3.

GENTE GRANDE

A PicPay contratou Eduardo Chedid, até então CEO da ELO, como vice-presidente de serviços financeiros. Estaria a PicPay reforçando a operação para se preparar para um IPO? Ou apenas reforçando sua imagem como empresa moderna, sólida e apartada da família Batista e os diretores que saíram do Banco do Brasil e foram para o Original (dono do PicPay).

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