Paz mundial por seis horas | Round 6 | NVIDIA
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Paz mundial por seis horas | Round 6 | NVIDIA

RESUMO

Edição enviada em 08 de outubro de 2021 aos assinantes da INTERFACES NEWSLETTER. Assine e receba toda sexta de manhã.

oferecimento

Esta edição é quase monotemática com todos os problemas que o Facebook passou e vai continuar passando em um futuro previsível. Mas tem também porquinhos com iPhone 13, a chegada do Windows 11, o vazamento monstro da Twitch e startup querendo brincar de vigilância pública.

E temos o apoio da NVIDIA nesta e em futuras edições. Boa leitura, sigam indicando Interfaces para os amigos e até semana que vem – Henrique

DESTAQUE DA SEMANA

publieditorial patrocinado por NVIDIA

UMA REDE NEURAL NO SEU VIDEOGAME

Em maio, tivemos o Pac-Man, agora é a vez do GTA. Quer dizer, GANTheft Auto, uma versão do game que foi feita com tecnologias da NVIDIA para redes neurais. Como assim? É um GTA jogável em um ambiente criado totalmente de forma artificial (e inteligente), sem intervenção humana além do jogador.

O processo de treinamento da IA utilizou uma DGX Station A100 da NVIDIA com 320GB de RAM e 12 bots jogando Grand Theft Auto V ao mesmo tempo fez com que a rede neural tivesse tempo de absorver o máximo possível de informações de forma rápida. Bots jogam, rede observa e recria o ambiente.

GANTheft Auto foi feito para explorar possibilidades que podem ser usadas na vida real. “O mesmo processo pode ser usado para aprender física, e isso pode ser usado para aprimorar a física dos videogames”, explica Harrison Kinsley, desenvolvedor responsável pelo projeto – que está disponível no GitHub.

Saiba mais como a NVIDIA pode te ajudar com Inteligência Artificial, nos games, nos estudos e muito mais.

https://youtu.be/udPY5rQVoW0

ELETRÔNICOS DE CONSUMO

ALEXA, AU-AU?

Pouca gente já teve acesso ao robô Astro, da Amazon. A analista de mercado Carolina Milanesi passou duas semanas com a Alexa-com-rodinhas e tirou ótimas conclusões – se adaptar a ele (e à casa) é como treinar um novo bicho de estimação.

MACRO PARA VALER

O grande destaque do iPhone 13 Pro é a capacidade de tirar fotos muito de perto, conseguindo capturar detalhes nunca vistos. Mas a atualização mais recente do app Halide, com um monte de configurações profissionais, traz aos iPhones antigos um recurso de fotografia macro especial (movido a algoritmos, claro).

E o Buzzfeed fez um review da câmera do iPhone 13 Pro com um tema especial: porquinhos.

NOVOS PRODUTOS

A Sony lançou um novo alto-falante de pescoço (SRS-NS7) compatível com som Dolby Atmos. Sai por US$ 300, nos EUA. E a HMD Global/Nokia anunciou seu primeiro tablet com Android, o Nokia T20. Chega ao Brasil ainda este ano.

Som de pescoço: somos curiosos para ter um desses (tem uns baratinhos no AliExpress) (Sony/Divulgação)

GRANDE IRMÃO (DAS QUEDAS)

A Samsung, usando dados do acelerômetro do Galaxy Z Flip3, consegue saber se o dono o derrubou no chão por acidente ou de propósito. Tudo para saber se a garantia cobre ou não a queda (por conta da altura).

DE NOVO

Mais um vazamento do Google Pixel 6, agora com vários ângulos e detalhes de software. A espera está no fim, já que o anúncio oficial será feito no próximo dia 19.

10 ANOS

PIPA DE RICO TAMBÉM CAI

Pesadelo distópico: um show de drones na China acabou em uma chuva de drones, com pedestres correndo para se proteger.

UPGRADE

A Microsoft lançou esta semana o Windows 11, com novo visual e recursos que misturam trabalho com diversão. O curioso foi terem programado o download para terça (5), mas liberaram antes, na tarde de segunda, no meio da confusão do Facebook offline.

Mas sempre vale a máxima de nunca fazer grandes atualizações no seu computador pessoal na semana de lançamento – vide os donos de PCs com AMD, que instalaram o Windows 11 e ficaram com a máquina mais lenta graças a um bug. A AMD já prometeu uma correção para breve e recomendou não fazer o upgrade por enquanto.

Bonito e funcional : quem diria que um dia estariamos ansiosos para testar um Windows? (Microsoft/Divulgação)

ACHADOS AMAZON DA SEMANA

CULTURA DIGITAL

04 DE OUTUBRO E AS SEIS HORAS DE PAZ MUNDIAL

Mark Zuckerberg teve, mais uma vez, uma semana terrível, horrível, espantosa e horrorosa. Na segunda-feira, todos os serviços do Facebook saíram do ar: Facebook, Messenger, WhatsApp, Instagram e a rede interna da empresa. Tirando quem usa o WhatsApp para trabalhar (que foi uma catástrofe para muitos, motivo de nonsense tecnológico para outros), com o Facebook e o Instagram tivemos um pouco mais de seis horas de paz mundial.

Paz mais ou menos, já que foi todo mundo para o Twitter e para o Telegram – que registrou 70 milhões de novos usuários – comentar a bagunça. O problema que derrubou o Facebook foi uma falha técnica de rede, com diversas explicações didáticas por aí (e até com gente propondo a criação do Instagram impresso e do Facebook 2, muito mais útil).

No fim do dia, tudo voltou ao normal, com o Facebook e o próprio Zuckerberg se manifestando sobre esse e outros temas da semana. E óbvio que o Procon-SP já pediu explicações. Zuckerberg perdeu uma fortuna no dia (teve muito jornalista preocupado com isso, coitadinho), mas já recuperou metade do prejuízo.

A queda do Facebook e agregados, porém, levanta tantas outras questões importantes: tem muita gente que acha que a tríade FB-Zap-Insta é a internet – nem imaginam ser um jardim murado que muitos nem exploram o lado de fora ou sabem que a porta de saída não está trancada, estão dependentes demais daquilo. E mostra que tanto poder nas mãos de apenas uma empresa do vale do silício fica exposto quando surgem problemas para seus bilhões de usuários mundo afora.

Mais do que um pedido, um apelo que vai principalmente aos governos: o limite precisa existir (Time/Reprodução)

…MAS O PROBLEMA NEM FOI SÓ A QUEDA

Na terça (05), um depoimento no Senado americano ocorreu de forma surpreendente pela velocidade que aconteceu. Foi o testemunho de Frances Haugen, a ex-funcionária do Facebook que vazou as informações para o dossiê-caca-no-ventilador que o Wall Street Journal publicou semanas atrás.

Haugen mostrou a cara no final de semana, ao dar uma entrevista ao programa de TV “60 Minutes” e, no depoimento, reafirmou o fato de o Facebook priorizar lucros para os acionistas do que resolver problemas (sérios) da sua comunidade de usuários.

Zuckerberg, na mesma nota que comentou a queda de serviços, afirmou que o dossiê “não reflete a empresa que conhecemos” e refuta a acusação de “distribuir raiva por lucros é profundamente sem lógica”. Ah tá, tá bom.

VAZADOR PROFISSIONAL

Você, trabalhador comum de empresa de tecnologia (ou não), quer vazar os podres da sua companhia de forma segura? Não se preocupe: existe um manual prático para vazar informação sem se prejudicar (muito), criado por uma ex-funcionária do Pinterest que denunciou discriminação racial e de gênero. Boa ideia para quem tem informação importante e quer se proteger.

IDEIA ERRADA DA SEMANA

Um colunista da Bloomberg, para gerar polêmica e cliques, acredita que Amazon e Facebook são tão grandes que merecem um lugar na ONU.

O QUE O TIKTOK FEZ ERRADO ESTA SEMANA

Pagou mal aos funcionários terceirizados que transcrevem vídeos do inglês para o português (e a gente aqui achando que as legendas eram com tradução automática)

SEM RETROSPECTIVA

O YouTube cancelou o Rewind, sua retrospectiva anual, de forma definitiva – primeiro porque ficou grande demais, depois porque já tinha sido cancelado em 2020 após bater o recorde de dislikes em 2019.

CONSOLIDAÇÃO COMEÇOU

O serviço de streaming do Telecine vai deixar de existir por conta própria e seu catálogo de mais de 2 mil filmes será absorvido pelo app da Globoplay.

Será ofertado como serviço à parte, assim como a Amazon faz com canais adicionais. Próximo passo: fazer isso com o Globosatplay e puxar o acervo desse app, já que a programação ao vivo da Globosat já é ofertada em pacotes no Globoplay.

NETFLIX x COREIA

Squid Game (que não se chamou Jogo da Lula, mas sim Round 6 no Brasil) é a sensação do momento na Netflix.

Tanto que a SK Broadband, provedora de internet na Coreia do Sul, processou o serviço de streaming pelo aumento de tráfego na rede da operadora por causa da série. De qualquer forma, o uniforme (agasalhos verdes e tênis brancos) de Round 6 promete ser a fantasia do Halloween este ano nos EUA e já é encontrada no comércio popular no Brasil (se o hype durar até o carnaval, claro).

SEM-FELD

Seinfeld agora está na Netflix, e a transição para HD cortou piadas da série clássica. O episódio 6 da terceira temporada – o do estacionamento no shopping – é um favorito desta Interfaces.

GOLPINHO

De novo, mais um dia com investidor de NFT querendo se separar do seu dinheiro – e conseguindo, com o criador do projeto “Evolved Apes” sumindo do mapa.

UBER DO AMOR

Nos EUA, um casal que se conheceu em uma corrida de Uber Pool (pré-pandemia) se casou. Lembramos com certa nostalgia do tempo em que até três estranhos entravam em um carro com vidros fechados…

CAN’T GET OVER

O meme do “Aê Kasinão” completou 15 anos. O ritmo da noite nunca parou.

GAMES

QUANTO VALE O SHOW

Mais de 125 GB de dados da Twitch foram vazados, dentre eles o código-fonte da plataforma e os ganhos dos streamers. A Twitch alega que as senhas dos usuários não estão entre os dados publicados na internet.

O que ficou bastante claro é a existência de uma elite multimilionária de streamers, com alguns brasileiros, sendo que 135 deles amealharam US$ 22 milhões, combinados. Um detalhe percebido foi a escassez de mulheres bem pagas até nesse mercado.

Sobre os ganhos, Casimiro comentou e confirmou a magnitude dos valores, mas disse que não foi tudo exatamente quanto exibido na planilha.

https://www.youtube.com/watch?v=clmBB1gARgA

LEI E ORDEM

Axie Infinity é um jogo que permite ganhos reais de dinheiro, e alguns jogadores conseguiram ganhar muito. O que abriu os olhos do governo das Filipinas, de olho em alguns milhões devidos em imposto de renda.

CHORA LONGE

Política sempre foi parte da cultura popular, presente em filmes, músicas, afetando o padrão da produção – e isso acontece cada vez mais com jogos. Antes pouco se podia dizer do caráter político de Mario, o encanador, homem do proletariado apaixonado por uma princesa, ou de Donkey Kong, gorila tão oprimido pelo capital que nunca tira sua gravata.

Mas agora os jogos começam a refletir conflitos e posturas destes nossos tempos, como em Far Cry 6.

LEITURAS LONGAS

FUTURO DO PRETÉRITO

Na Fast Company, uma visita ao passado do Epcot Center e a visão de Walt Disney sobre o futuro.

AINDA O FACEBOOK

Na Input, o caso do relações públicas do Facebook que fica arrumando treta com jornalista no Twitter (parece um executivo que conhecemos, mas deixa pra lá).

E na Slate, o Facebook baniu o criador de uma ferramenta para manter sua conta na rede, mas deixar de seguir tudo e todos de forma automática (spoiler: Henrique já fez isso na mão em 2016 e o algoritmo do feed de notícias fica doido).

AULA

No canal TheUnlockr, a diferença entre os diferentes tipos de 5G.

LUTA CONTRA O DIABO

A Vice traz a história dos pastores evangélicos que decidiram combater o QAnon de dentro das suas igrejas. E também mostra os serviços de entregas de mercado em casa que querem ficar cada vez mais velozes e chegar em 15 minutos. Mas faz sentido isso?

TECHBIZ

CASA

O QuintoAndar inventou que quer ser que nem o Netflix em ideias moderninhas e criou uma casa conceito em São Paulo, tendo Pablo Vittar como primeiro morador (melhorar o atendimento ao cliente não é prioridade, pelo visto).

Já a EmCasa recebeu mais um aporte, agora para expandir a operação para o interior de SP.

COMPRAS

O Banco Pan comprou a Mosaico, dona do Buscapé, Zoom e Bondfaro, para aumentar seu marketplace. E a Locaweb levou mais uma empresa, a Squid, que conecta marcas a influenciadores.

VIGIAR E PUNIR

A startup Gabriel é o caso clássico de empresa que não entendeu ainda que existe um limite entre público e privado (ou qualquer limite), ao fornecer serviços de segurança conectando câmeras e identificando “comportamentos suspeitos” nas ruas do Rio de Janeiro. Bom que já tem gente levantando muitas questões sobre a Gabriel – começando com LGPD, para onde vão os dados e, sem dúvida, se existe viés sobre cor de pele dos “observados”.

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