Guia ZTOP de leitor de e-books (2013)
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Guia ZTOP de leitor de e-books (2013)

RESUMO

A nova geração de leitores com telas retroiluminadas torna a leitura muito mais fácil e agradável. Testei o Kindle Paperwhite e o Kobo Aura HD – e gostei muito do que li.

Desde a chegada do iPad, confesso, acreditava que os leitores de e-book eram tecnologias ultrapassadas. Erro meu: a nova geração de leitores de e-book com telas retroiluminadas torna a leitura muito mais fácil e agradável que em um tablet.

Não só o Amazon Kindle Paperwhite como o Kobo Aura HD oferecem excelentes telas, mas também têm uma crescente base de títulos em português disponíveis para compra (algo bastante diferente de quando testamos um dos primeiros Kindle com entrega no Brasil). Má notícia para alguns: são os aparelhos mais caros (e completos) dos fabricantes.

Introdução | Os e-readers | Conclusões

A primeira coisa a levar em consideração antes de comprar qualquer um desses dispositivos é que tanto Amazon e Kobo (em parceria com a Livraria Cultura) oferecem um ecossistema de leitura que vai além do próprio e-reader: com aplicativos para smartphones e tablets, não importa muito onde você compra, mas sim onde lê. O livro eletrônico independe da plataforma (iOS eAndroid e, no caso da Amazon, até Windows Phone e Blackberry) – mas é óbvio que se você tiver o gadget, melhor.

Nesse mesmo caminho, a Saraiva tem uma oferta de livros-para-serem-lidos-em aplicativos, computadores e e-readers – porém é preciso instalar um software proprietário para fazer a transferência de arquivos. E vale lembrar que a Apple vende livros para iPads pelo app iBooks e pela iTunes Store, com leitura apenas em dispositivos da marca, e o Google tem seu Google Play para smartphones e tablets com Android.

Os números oficiais:

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Fontes: Amazon / Livraria Cultura / Saraiva (PDF)

 

Some à lista títulos em inglês: mais de 1,7 milhão na Amazon, 1 milhão no Kobo e “250 mil em língua estrangeira” na Saraiva. Em comparação com o mercado norte-americano, o português ainda é uma gota no oceano de livros em outros idiomas. A Apple não divulga o total de títulos oferecidos na iBooks, e o Google diz ter mais de “5 milhões de títulos” em todo o mundo – algo um tanto genérico, por sinal.

Motivos para nosso atraso nos e-books não faltam, incluindo a lenda urbana do baixo índice de leitura do brasileiro (não lê nem livro, vai ler e-book?), tentativas de lançar produtos tropicalizados que não deram muito certo (=hora errada?), lojas que investiram e diversificaram o portfólio e a já clássica história do e-commerce local de tentar barrar a chegada da Amazon. Mas isso não vem ao caso aqui – nem o preço de um livro digital.

Calibre: seu melhor amigo

Antes de tudo, independente do e-reader que você compre, um aplicativo para seu computador é indispensável: Calibre. É um programa para PC/Mac/Linux que gerencia o envio de arquivos para seu e-book reader, independente da marca.

Para os Kindle, tem a enorme utilidade de converter arquivos ePub (formato mais comum de livros eletrônicos) para o formato proprietário da Amazon – e acabar com a crítica tosca de que “Kindle só aceita arquivo para Kindle”. Para os Kobo, é uma boa ferramenta para organizar a biblioteca.

Não vou entrar na questão da pirataria. Na teoria, o Calibre pode ser usado para isso (prática que este ZTOP rejeita), mas ainda tenho a fé na humanidade de que se você gasta mais de R$ 400 em um e-reader, tem dinheiro para comprar livros eletrônicos de forma oficial (ou ao menos aproveitar os inúmeros títulos grátis que as lojas oferecem).

Em caso de emergência/abstinência de livros, sempre tem o Projeto Gutemberg para suprir suas necessidades.

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Escrito por
Henrique Martin